Depois de quase 24 horas no hospital, finalmente a filha de Sabrina Sato, Zoe, chegou ao mundo. A apresentadora deu à luz nesta quinta-feira (30) em São Paulo. Muitas pessoas estavam preocupadas e ansiosas com a chegada da criança que “demorou” a nascer – a gestação durou 41 semanas, e o nascimento a partir de 42 é considerada pós-termo, situação em que alguns riscos ao feto podem ocorrer. Veja aqui até quando é saudável a gravidez se prolongar.

Desde o início da gravidez, a artista deixou clara a vontade de ter um parto natural, que pode durar muitas horas. No entanto, ao contrário de muitas mulheres, a apresentadora teve uma rotura de bolsa, condição rara que ocorre quando a membrana amniótica se rompe sem que a grávida esteja em trabalho de parto. Normalmente, a bolsa estoura quando as mulheres já estão com oito dedos de dilatação e o parto ocorre de maneira mais rápida. 

É importante ressaltar que não necessariamente Sabrina ficou 24 horas em trabalho de parto. Esse foi o tempo de internação desde que a bolsa estourou sem dilatação. No caso dela, os médicos optaram por uma cesária já que a apresentadora não tinha contrações, dilatação suficiente e a bolsa já havia rompido há horas. Mas em que momento deve-se optar por esse procedimento? De acordo com especialistas ouvidos pelo UOL VivaBem, é importante que a mulher entre em trabalho de parto em até 24 horas após rotura. 

Depois de mais de 12 horas em que o bebê está no abdômen, sem estar protegido por causa do rompimento da bolsa, haverá menor quantidade de líquido amniótico e, com isso, aumentam os riscos de infecção –os micróbios da vagina podem subir e, assim, infectar o feto. Além disso, o neném pode começar a beber o próprio xixi e ficar desidratado.

Outro fator de risco é adquirir atonia uterina, no qual a placenta fica solta e não consegue contrair depois que o bebê nasce. Isso pode gerar hemorragia pós-parto e, se não for cuidada a tempo, provoca a morte da mãe.

Fontes: Claudio Basbaum, médico ginecologista e obstetra do hospital São Luiz e percursor do Parto Humanizado e da técnica Shantala no Brasi;  Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein, que trabalha no projeto “Parto Adequado, união de forças hospitalares para reduzir o número de cesarianas”.

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