Estima-se que, no Brasil, entre 200 e 300 mil mulheres perdem seus úteros por ano, com a taxa de mortalidade chegando a três óbitos a cada mil cirurgias realizadas. 60 a 70 % destas cirurgias são feitas por conta de miomas grandes que geram diversas complicações e sangramentos. Os números são alarmantes e merecem atenção, pois cerca de 50% das mulheres têm ou terão miomas em algum estágio da vida.
Em mais de um terço dos casos a cirurgia é realizada em mulheres ainda jovens, em plena fase reprodutiva (até os 38 anos). Segundo estatísticas do Sistema Único de Saúde (SUS), a histerectomia ─ operação realizada para a remoção do útero ─ é a segunda cirurgia mais frequente entre as mulheres em idade reprodutiva, perdendo apenas para as cesarianas. O ginecologista Claudio Basbaum, fundador da Pró-Matrix Unidade de Orientação, Prevenção e Tratamento da Mulher, é o idealizador e criador da campanha “Mulheres, salvem seus úteros!‘. Nas duas décadas desde sua criação, o médico alerta e
A remoção do
A histerectomia deve ser indicada de forma absoluta, apenas para estes casos:
1. câncer de corpo uterino;
2. câncer invasivo de colo uterino;
3. úteros muitos volumosos e/ou deformados pela presença de múltiplos miomas e a presença de sintomas indesejados como cólicas e sangramentos abundantes;
4. hiperplasia endometrial complexa com atipias;
5. câncer de ovário.
E pode ter indicação discutível nas seguintes condições:
1. dismenorreia (cólicas menstruais) de forte intensidade;
2. dor pélvica crônica de origem uterina;
3. endometriose/adenomiose;
4. prolapso uterino (descida do útero para o interior da vagina);
5. mioma;
6. sangramento uterino anormal sem causa aparente que não responde ao tratamento medicamentoso.
Em geral, quando a indicação para a cirurgia é em função de casos benignos e de
A histerectomia, mesmo quando
Veja alguns MITOS E VERDADES relativos a histerectomia por doenças benignas:
- A principal indicação para histerectomia é a hemorragia (sangramento uterino anormal) causada por mioma – VERDADE
- Com a cirurgia, a mulher para de menstruar definitivamente – VERDADE
- A ausência do útero influencia no desejo sexual feminino – MITO
- Após a cirurgia não há necessidade de reposição hormonal – MITO
- Atualmente o procedimento é reversível – MITO
- Mulheres histerectomizadas ficam mais sujeitas às tromboses e ao infarto do miocárdio – VERDADE
- Em alguns casos opta-se também pela remoção dos ovários e das trompas – VERDADE
- É recomendável o suporte de um psicólogo após o procedimento – MITO
Veja matéria original publicada pelo site Papo de Mãe.