A mulher de hoje, sem abrir mão da sua feminilidade, tem uma saudável postura de cobrança e determinação: quer ser parceira do seu próprio destino, como mulher, mãe, companheira.

Dispondo de um extraordinário volume de informações pode, como nunca, decidir sobre seu destino e, no caso da sua saúde, avaliar as vantagens e desvantagens dos métodos terapêuticos à sua disposição.

A medicina moderna, por sua vez, vem (felizmente!) abandonando o autoritarismo que desde tempos imemoriais caracterizou o seu exercício. Na área ginecológica, certamente a mais simbólica, sensível e problemática, as opções terapêuticas são tão variadas como complexas.

É necessário reavaliar o que é ortodoxo para se criar uma nova ginecologia.

Em nossa visão holística, “tratar” apenas o órgão doente pode criar profundos desajustes físicos, sexuais e psicológicos, cujas repercussões têm sido mal avaliadas. Quando a intervenção sobre o aparelho genital é necessária, é fundamental a cautela de buscar preservar a feminilidade da sua portadora.

Com uma política preventiva e pedagógica, buscamos a obtenção de um maior direito de escolha graças ao aumento de opções que atendam, com menores traumas, as necessidades físicas e psicológicas de cada mulher. Fazemos, assim, nossas as palavras do Credo, de autoria do Dr. Luiz Venere Décourt:

“(…)
Creio na medicina que, sendo técnica e conhecimento, é também ato de solidariedade e de afeto;
que é dádiva não apenas de ciência, mas de tempo e de compreensão;
que sabe ouvir com interesse, transmitindo ao enfermo a segurança de que sua narração é como o fato mais importante desse momento.
Medicina que é amparo para os que não têm amparo;
que é certeza de apoio dentro da desorientação, do pânico ou da revolta que a doença traz (…)”