Diante dos crescentes casos do covid-19, o novo coronavírus, no Brasil é natural que gestantes e lactantes estejam preocupadas com sua saúde e com a do bebê.

Por isso, vamos compartilhar algumas orientações que foram publicadas pela FioCruz.

  1. Grávidas são mais suscetíveis a se infectar?

Não há relatos, até o momento, das grávidas serem mais suscetíveis, porém durante a gestação podem ocorrer queda da imunidade da mulher por conta das alterações naturais do organismo. Diante dessa razão, todas as grávidas não devem se expor a situações de risco.

  1. Recém-nascidos são mais suscetíveis a se infectar?

Até o momento não há relato de serem mais suscetíveis. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), chama a atenção o fato de haver poucos casos sintomáticos em lactentes, crianças e adolescentes. Na segunda-feira (16/3), entretanto, a Organização Mundial da Saúde falou pela primeira vez sobre morte de uma criança, porém sem dar mais detalhes.

  1. Os sintomas nas grávidas, caso contraiam a doença, serão os mesmos ou tem algum sintoma diferente?

Os mesmos sintomas são observados nas grávidas. Segundo os dados mais atuais, os sinais e sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios. A paciente pode apresentar febre, tosse e dificuldade para respirar.

  1. Com esses sintomas, a grávida ou o recém-nascido devem tomar algum remédio?

Atualmente não existe nenhum medicamento eficaz contra o coronavírus. Além disso, deve ser evitado o uso inadequado de antibióticos ou outras substâncias. A automedicação também não é recomendada e pode oferecer riscos para a saúde da gestante e do feto.

  1. O novo coronavírus pode afetar o feto?

Ainda não há dados consistentes de infecção congênita e nem comprovando contaminação intrauterina do vírus.

  1. Quais as medidas devem ser tomadas para proteger um recém-nascido?

Além de todas as medidas de higiene já mencionadas, evitar levar o recém-nascido a locais fechados e com grande circulação de pessoas. O ideal é permanecer, sempre que possível, em sua residência, evitando visitas e saídas desnecessárias.

  1. Se a lactante contrair a doença, precisa interromper a amamentação?

Pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as puérperas, em bom estado geral, devem manter a amamentação utilizando máscaras de proteção e higienização prévia das mãos.

A OMS leva em consideração os benefícios da amamentação e o papel insignificante do leite materno na transmissão de outros vírus respiratórios na amamentação, desde que as condições clínicas o permitam.

A orientação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) é para que as mães não deixem de amamentar caso estejam com estado de saúde bom, tomando os cuidados higiênicos necessários.

Na fase aguda da doença, se a mãe quer amamentar, mas a equipe sentir-se insegura de liberar o contato direto, o leite pode ser ordenhado e oferecido ao neonato.

É importante ressaltar os cuidados que todos nós devemos ter:

– Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
– Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
– Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
– Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.

Fique atenta a toda e qualquer informação que não venha de órgãos oficiais e fontes confiáveis. O Ministério da Saúde já desmentiu diversos boatos que começaram a circular na internet sobre o novo coronavírus.

Informações falsas, as chamadas “fake news”, causam pânico na população e atrapalham os trabalhos de investigação das autoridades competentes.