Os miomas, ou fibromas uterinos, são tumores benignos que se desenvolvem na massa muscular do útero, tendo seu crescimento estimulado pelos hormônios ovarianos.
São nódulos constituídos basicamente de tecido muscular e fibroso, e podem estar localizados para fora ou para dentro do órgão.
Os que ocupam a massa muscular uterina são os intramurais; os que se desenvolvem para fora, promovendo um relevo no contorno externo do órgão, são os subserosos; e aqueles que invadem a cavidade uterina, causando o abaulamento do revestimento interno (endométrio), são os chamados submucosos.
A localização precisa é feita através de métodos de imagem, tais como a ultrassonografia, a ressonância magnética e a videohisteroscopia.
Grande parte dos miomas são assintomáticos. Necessitam tratamento os que causam sintomas, como: dor, sangramento menstrual excessivo, dor nas relações sexuais, compressão de órgãos (tais como bexiga e intestino).
Na pré-menopausa, os ovários passam a fabricar menos hormônios, e, com isso, o útero e os miomas que estão dentro dele tendem a diminuir. Assim, tem-se uma solução natural e fisiológica do problema, sem a necessidade de cirurgia.
A forma de tratamento de miomas depende de uma série de fatores individuais relacionados à presença dos miomas e suas repercussões: dor, sangramento, infertilidade etc, e que estão associados ao tamanho, localização e quantidade de nódulos.
Em geral, a primeira opção de tratamento deve ser através de medicamentos, tais como anti-inflamatórios não hormonais, progestogênios (que permitem a diminuição da dor e do fluxo menstrual) e os “anti-hormônios ” — como são denominados os análogos do GnRH.
Nos casos resistentes ao tratamento medicamentoso, a retirada dos fibromas (miomectomia) ou sua desvascularização (embolização) se fará necessária.