dr-claudio-basbaum-hoje-em-diaComprovadamente, o parto normal causa menor risco de infecção, hemorragia e prematuridade. Entenda mais sobre os diferentes tipos de partos na série Parto, Uma Escolha a Vida.

O Brasil é o país recordista em fazer cesáreas, muitas vezes as mulheres temem fazer partos naturais por causa das dores.
Mas o procedimento não é tão um bicho de sete cabeças, caso haja muita dor existem diferentes opções de analgesia. Além disso, durante o parto a mulher libera hormônios como prolactina e ocitocina que são responsáveis por estabelecer um vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

A obstetra Roseane Matter explica que se tudo correr bem durante a gestação, o parto pode ser natural. — Algumas vezes não ocorre tudo certo e aí algum procedimento médico vai ajudar a garantir o bem-estar fetal.

O parto de Vanessa foi literalmente natural. Ela contou que sempre quis ter um parto natural e que não tivesse que sofrer. — Cheguei no hospital e em menos de meia hora eu consegui ter o parto praticamente sozinha, o médico só segurou. Meu parto foi tranquilo, eu me recuperei na mesma hora, dei banho nos bebês. Por isso, eu faria novamente um parto natural.

Mas não são todas as mulheres que tem a mesma sorte que Vanessa. O obstetra e ginecologista Cláudio Basbaum revela que cada caso é uma caso. — Tem horas que eu vou ter que indicar a anestesia, tem horas que eu vou indicar a cesárea, tem horas que eu posso até indicar o fórceps (instrumente utilizado para auxiliar a retirada de um feto por alguma razão em que a contração natural não é suficiente para o parto) para salvar uma vida.

Procedimentos que salvam muitas vezes são rotulados como violência obstétrica. Como é o caso da episiotomia que consiste em um corte realizado na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal do parto.

Se a consultora comercial Marcia Bezerra tivesse tido uma episiotomia durante o parto, ela poderia ter sido poupada de um trauma. Marcia contou que sofreu um rasgão durante o parto e teve que levar 18 pontos. — Tomei várias anestesias para tomar pontos, então para mim foi muito traumático.

A episiotomia não é permitida em 70% dos países. No Brasil, a maioria das mulheres tem receio de fazer o procedimento e ter consequências como a musculatura flácida, comprometimento em sua vida sexual ou que bexiga fique mais baixa e provoque uma enurese, perda involuntária de urina.

Apesar dos receios, a obstetra Roseane Matter revela que a episiotomia é necessária em 30% das mulheres e a probabilidade de trazer consequências para a mulher é muito baixa.

Uma das intercorrências mais comuns é o prolongamento do trabalho de parto e o bloqueio da criança em um determinado ponto da passagem, o que pode gerar um caimento da oxigenação do cérebro levando a algumas sequelas. O obstetra Carlos Basbaum explica quais são os problemas que isso pode causar. — A criança pode nascer com problemas pequenos como dificuldade no aprendizado ou até a paralisia cerebral.

Infelizmente, esse foi o caso de Silvane. Devido a falhas médicas, sua filha sofreu graves consequências. Sua bolsa estourou no sétimo mês de gestação. Após três dias internada foi constatada a necessidade de realizar cesárea, pois sua filha estava sentada. — Não me deram corte, nada. Um vinha me puxava de um lado com a mão e outro vinha e me puxava de outro. A bunda dela (da filha) saiu e cabeça ficou presa, isso tudo foi mais ou menos umas duas horas e meia de dor. A cabeça dela é amassada, foi onde deu a lesão e ela ficou especial.

Para evitar problemas na hora do parto é muito importante a orientação do médico. Basbaum diz: — O conceito do parto normal, parto vaginal, parto cesáreo é dar harmonia no momento do nascimento. Para ser fazer um parto bom e, principalmente, um nascimento.

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