Por muitos anos, o método preferido para “tratamento” dos miomas foi a retirada do útero (histerectomia). Os miomas respondem por cerca de 60 a 70 % destas cirurgias mutiladoras realizadas em mulheres de meia idade. Cerca de 50% das mulheres tem miomas em algum estágio de sua vida, e mais de 1/3 dessas estão na fase procriativa (até os 38 anos).

Sabemos que grande parte destes miomas não causam qualquer sintoma, e são detectados no exame ginecológico ou através de uma ultrassonografia de rotina; assim, por não causarem problemas, as mulheres podem conviver com eles sem precisar fazer nada.

Se a paciente não tiver dor, sangramento excessivo, anemia decorrente deste sangramento, desconforto por compressão de órgão vizinhos ou que esteja associado a sua infertilidade, podemos monitorar a presença desses nódulos para controle de seu eventual crescimento, intervindo apenas no caso de tornarem-se sintomáticos.

Se você tem mioma e não tem sintoma, provavelmente não vai precisar de uma cirurgia. Não aceite passivamente a indicação de uma histerectomia: procure uma segunda opinão!