Em 2018, grávida de seu terceiro filho, fruto do relacionamento com o deputado federal Fábio Faria, Patrícia Abravanel revelou que sua nova gestação foi fruto de uma ovulação tardia. O bebê nasceu em abril de 2019. Mas o que é evolução tardia?
A condição acontece quando a mulher libera um óvulo fora de seu período fértil habitual e, muitas vezes, acaba engravidando. A ovulação tardia é uma condição que não acarreta problemas para a saúde da mulher e não tem uma causa específica definida. Engana-se quem pensa que mulheres que possuem um ciclo menstrual regular estão livres de, eventualmente, estarem férteis em dias diferentes do esperado.
O processo de ovulação é resultado da atuação mútua da hipófise, glândula localizada na região inferior do cérebro, e dos ovários. Há um equilíbrio entre o estímulo dos ovários e a frenagem que vem da hipófise.Entretanto, por causas diversas, pode acontecer um desequilíbrio e, consequentemente, acarretar em uma liberação do óvulo antes ou depois do meio do ciclo.
É importante lembrar que a ovulação tardia não é uma condição permanente e não significa um impeditivo definitivo de engravidar. De acordo com Claudio Basbaum, médico ginecologista e obstetra precursor doparto humanizado no Brasil, as mulheres que se encontram no período pós-parto podem apresentar mais frequentemente a condição. “Mesmo as mulheres que tinham o ciclo bem regular, não vão estar nessa mesma condição e podem apresentar essa ovulação tardia”, explica.
Cerca de 60 dias após o parto, o corpo da mulher ainda está se recuperando de todas as mudanças provocadas pela gestação, tanto na parte física, quanto hormonal. Isso pode desencadear com maior facilidade uma ovulação fora de hora. “Após o parto, a mulher entra na fase de eliminação dos lóquios, que é um tipo de sangramento pós-parto que vai diminuindo por um tempo, durante os primeiros 40 a 60 dias. Nesse período, a chance dela ovular naturalmente é muito rara, especialmente se estiver amamentando, mas a partir daí é importante que a mulher, sim, tome cuidados contraceptivos para evitar uma gestação indesejada”, explica.
O médico ainda salienta que algumas mulheres ficam sem apresentar nenhum tipo de menstruação durante um longo período, principalmente as lactantes, por isso, o método da tabelinha torna-se ainda menos confiável para evitar uma gestação.
Quanto tempo depois do parto posso engravidar novamente?
No caso de Patrícia, a terceira gravidez aconteceu um pouco mais de seis meses depois do nascimento de sua segunda filha, Jane.
Muitos pais apostam em emendar uma gravidez na outra, assim como fez a apresentadora. Porém, de acordo com o médico, é necessário um tempo maior de intervalo para uma próxima gestação segura.
“Depois do parto, a fisiologia está ainda se readaptando, assim como o emocional e a sexualidade da mulher. Algumas chegam a não menstruar por um ano, caso tenham realizado a amamentação. Então, de uma maneira segura, seria indicado que a mulher espere, no mínimo, 18 meses entre o parto e o início de uma nova gestação”, recomenda.
Ovulação tardia dificulta gravidez?
A ovulação tardia pode ser uma condição que dificulte a gestação da mulher que deseja engravidar.  Geralmente, casais que estão tentando uma gravidez recorrem ao método da tabelinha, porém, no caso de uma ovulação atrasada não é possível ter com precisão em quais dias a mulher estará fértil.
Por outro lado, o problema também afeta mulheres que querem evitar uma gravidez. Por isso, é importante se atentar a alguns sinais do corpo. “O principal deles é a alteração do muco vaginal, que passa de uma textura mais viscosa para um muco que lembra uma clara de ovo. Outro possível sinal é o que chamamos de ‘dor do meio’, que é uma leve dor que a mulher sente em um dos lados, onde estão localizados os ovários e indica que ocorreu a ovulação”, orienta o profissional.
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